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O Fantasma do medo

  • Foto do escritor: Bruna Ferreira
    Bruna Ferreira
  • 30 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Hoje véspera de Halloween, deixo-vos um desabafo sobre o medo de arriscar, de inovar, de mudar, de fazer algo que nos fascina só porque pode ser julgado por uma sociedade retrograda e que por muito que se diga inclusiva, de dia para dia vai diminuindo a sua quota de aceitação do “fora do normal”. O medo é algo que nasce conosco e que nos acompanha ao longo da vida e este é aprendido e percecionado de diferentes formas e por diferentes pessoas, resultado das diversas experiências de vida que os indivíduos vivenciaram. Mas comêssemos com factos:

  • O ser humano só nasce com dois medos inatos: medo de cair e medo de barulhos altos, todos os restantes são aprendidos ao longo da vida;


  • Não necessitamos de passar por uma situação real para termos realmente medo, por exemplo, muitas pessoas têm medo do tubarão-branco e nunca sequer viram um, este medo pode ser incutido por filmes como o The Meg;


  • O medo mais comum na sociedade moderna é o de falar em publico, num total de quase 12%da população sentem-se retraídos e com medo e ansiedade para realizar uma simples apresentação pública;

O medo não é mais que um estado emocional que surge em resposta a consciência perante uma situação de eventual perigo. Por muita evolução que a sociedade apresente nunca a mesma vai deixar de ter presente em si o sentimento do medo, pois este é um alerta de sobrevivência. Atualmente os medos, como seria de esperar, são diferentes dos medos da pré-história ou do inicio das civilizações. Medos relacionados com a carreira profissional são os mais temidos, e os que podem ter uma elevada repercussão e que nos afetam igualmente a nível pessoal. Sendo assim podemos catalogar “tipos de pessoas com medos”:

  • O Procrastinador: têm medo de falhar, aversão ao compromisso. Gasta muito tempo em pesquisas, tem dificuldades em dar inicio a uma tarefa, pois tem que se sentir extremamente preparado para tal apresentação;


  • O Encantador: aversão ao julgamento, medo de dececionar os outros e têm medo das opiniões da sociedade. Dificuldades em saber dizer não, hesita executar determinada tarefa/projeto, pelo medo da sociedade;


  • O Pessimista: luta contra a adversidade, tem medo das dificuldades da jornada. Vê as dificuldades como escapatórias aos projetos, sente-se impotente quando confrontado;


  • A Fabrica de Desculpas: o medo mais frequente é o de assumir as suas responsabilidades, tenta arranjar modos de escapar a situações, recorrendo a desculpas. Prefere que as decisões sejam tomadas por outros;


  • O Inseguro: Têm medo de não ser capaz, e isto transforma-o em um individuo extremamente inseguro e não ciente das suas capacidades. É rapidamente dominado pela insegurança, critica os outros como forma de “esconder” os seus erros.

Depois de uma boa dose de conceitos e conhecimentos sobre os medos e as suas especificações, resta-me fazer um pequeno apontamento sobre o como é que este sentimento é gerado e incutido pela sociedade. Existe atualmente quase que um paradoxo entre informação/desinformação e literacia/aceitação, passo a explicar: Portugal ocupa a 12º posição de país com maior número de licenciados da UE, e como tal deveria de estar intrínseco que um maior nível de literacia é traduzido num maior nível de compreensão e aceitação da sociedade atual.

O problema está em que todos os dias existem problemas de aceitação seja por questões raciais, orientações sociais e políticas ou mesmo por decisões tomadas pelos indivíduos. Ou seja, por muito que o país tenha avançado a nível de formação escolar e profissional a sociedade cada vez se torna mais intolerante para com os outros. No fundo é quase que aceitável que haja um medo incutido nos indivíduos, porque a questão que se coloca é: É melhor criar um projeto pessoal sabendo que a sociedade pode não o aceitar e ser um alvo fácil de “discriminação”, ou devo seguir os meus próprios passos independentemente do feedback que vou obter simplesmente porque assim me vou realizar profissionalmente?

Deixo apenas a questão no ar aguardando opiniões de aventureiros...

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